Por que você quer trabalhar aqui?

O que vem à sua cabeça quando essa pergunta surge no meio da entrevista de trabalho? Como você reage? Fica paralisado? Gagueja? Não sabe o que responder? Ou tem sempre a resposta na ponta da língua?

 

A reposta para essa pergunta pode ser determinante para sua contratação. Apesar de ser um pouco estranha, ela é uma forma de os recrutadores terem certeza de que você quer trabalhar em determinada empresa e de entender se o seu perfil se encaixa à equipe, à vaga e à empresa. Afinal, quanto mais alinhado o candidato estiver aos valores, à missão e ao propósito da empresa, maior é a produtividade e mais tempo o colaborador permanece na empresa.

 

Mas como respondê-la? A menos que esse seja seu emprego dos sonhos, a resposta “porque preciso pagar minhas contas” pode ter passado pela sua cabeça, mas existem outras formas mais elegantes de responder e nós vamos te ajudar!

 

Para dar a melhor resposta para o recrutador, você vai precisar conhecer um pouco melhor a empresa e você mesmo. Para isso, comece fazendo uma pesquisa em sites, Google, redes sociais, portais de notícias e outras ferramentas para entender o que ela faz, como ela é vista no mercado, qual é o seu posicionamento, quem são seus líderes, quanto tempo os funcionários costumam ficar na empresa, existência de plano de carreira. Muitos sites já trazem a visão, propósito e missão, o que pode ser uma boa forma de entender se seus pensamentos estão alinhados com os da empresa. Coloque seu lado stalker em ação!

 

Pense também em você: quais são seus valores, seus desejos, objetivos, seu propósito, o que você está buscando. Avalie como suas aspirações, seus ideais e outros aspectos estão alinhados aos da empresa. Você tem uma visão mais sustentável? Será que a empresa também tem a sustentabilidade entre seus valores? 

 

Lembre-se de que quanto mais personalizada for sua resposta, mais você demonstra que conhece a empresa e quer fazer parte dela. Respostas genéricas, como “Porque é uma boa empresa”, ou “Porque eu gosto da marca”, entre outras não demonstram muito seu interesse e te deixam mais distante de conquistar a vaga.

 

Depois dessa pesquisa, uma boa prática é escrever algumas possíveis respostas, elencando pontos fortes que possam ser incluídos para que as informações fiquem mais frescas em sua mente.  Mas lembre-se de que você deve ser o mais natural e transparente possível! Não vá uma resposta pronta ou decorada. Além disso, não fale sobre o salário ou os benefícios. Por mais atraentes que eles possam parecer, a afinidade com a empresa deve sempre ser colocada em primeiro lugar.

 

Agora que vocês já têm as dicas, que tal pensar nas possíveis respostas que você daria para uma entrevista na empresa dos seus sonhos?  

 

Temos uma geração de jovens com competências técnicas e talentos sendo desperdiçados. São pessoas que, ainda que possuam habilidades e muito potencial, não conseguem ter acesso a oportunidades para construírem suas próprias histórias de sucesso.

 

Mas segundo o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), responsável por sugerir políticas públicas que garantam o bem-estar e os direitos dos jovens entre 15 e 29 anos, esse grupo pode ser determinante na recuperação econômica do Brasil pós-pandemia. Entretanto, isso não será possível se o jovem não tiver apoio. 

 

O cenário muda a partir do momento em que empresas percebem que seu papel na economia vai muito além de pagar salários e impostos, e descobrem que podem atuar de forma muito mais efetiva na transformação de pessoas e na concretização de sonhos, tornando planos de vida factíveis e, ainda, beneficiando-se disso.

 

Nesse sentido, poder público e instituições sociais e privadas precisam se conscientizar de seu dever como agentes transformadores capazes de promover o potencial produtivo dos jovens brasileiros, fortalecendo sua força inata e conduzindo sua energia e criatividade para ações que proporcionem mudanças efetivas não só em sua vida, mas na sociedade como um todo.

 

Como realizar a inclusão produtiva do jovem no mercado de trabalho com tão poucas iniciativas e programas públicos com esse fim? 

 

A resposta para essa pergunta está na união de empresas privadas dispostas a realizar grandes transformações com ONGs como o PROA e outras instituições, que capacitam milhares de jovens, desenvolvendo competências técnicas e sociocomportamentais, mas, principalmente, servindo como ponte para os conduzir ao mercado de trabalho.

 

Jovens provenientes dessas instituições veem seu plano de vida tomar forma e passam por um processo de aprendizado e desenvolvimento técnico e emocional contínuo. Como resultado, a empresa que contrata esse jovem encontrará entre seus colaboradores um profissional disposto a passar por um processo de upskilling para aprimorar suas habilidades continuamente e se tornar ainda melhor, agregando muito mais valor à sua função e construindo uma carreira sólida e em sintonia com os valores da empresa.

 

E as vantagens para quem contrata esse profissional não param por aí. Entre outros benefícios para o empregador, pessoas mais jovens costumam ser mais proativas, ter mais energia e disposição para crescer, além de estarem sempre atualizadas e acostumadas ao uso das novas tecnologias. A empresa ainda pode se beneficiar com a contratação de um profissional sem vícios, sem preconceitos e com maior tendência a criar senso de pertencimento à cultura da empresa e vestir a camisa do local de trabalho. 

 

Tudo isso sem falar na responsabilidade social, evitando que o futuro do jovem fique comprometido e colaborando para um país com mais trabalho e menos desigualdade. 

 

Como o ex-presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, certa vez, afirmou “nem sempre podemos construir o futuro para nossa juventude, mas podemos construir nossa juventude para o futuro”. Quando interesses diversos se juntam em torno de uma causa, grandes transformações podem acontecer, especialmente em momentos de crises e incertezas como o que temos vivido atualmente.