Afinal, você sabe o que é mindset digital?

As mudanças de comportamento e a forma de trabalhar mudaram durante a pandemia.

Texto: Potira Cunha
Ilustração: Gustavo Pedrosa
Capa
Há alguns anos (talvez, décadas), estamos passando por uma transformação. Isso é fato. Mas desde o ano passado, essas mudanças de comportamento e, principalmente, na forma de trabalhar ficaram ainda mais à mostra. Ou você ainda acha que, quando tudo o que estamos vivendo chegar ao fim, voltaremos a viver como antes?

 

 

Novas formas de consumo, outros meios de comunicação, modelos de trabalho alternativos estão entre algumas das situações com que nos deparamos recentemente, mas, para além das mudanças tecnológicas, é preciso alterar também nosso mindset, ou seja, as crenças e pensamentos que determinam como iremos nos comportar diante disso tudo. E nesse cenário, ter um mindset digital deve ser a meta de qualquer profissional, seja iniciante ou veterano.

 

 

Quando se fala em “digital”, palavras como mídias sociais, big data, nuvem, inteligência artificial, machine learning, entre outras acabam vindo à nossa cabeça, mas conhecimento digital não significa mentalidade digital; nem sempre quem utiliza as ferramentas entende o impacto e a relevância que elas podem ter no todo de uma empresa. Ter mindset digital envolve agir no cenário atual sendo capaz de incorporar essas tecnologias às funções diárias e extraindo valor delas, ou seja: trata-se de mudar a chavinha.

 

 

Pensar de forma diferente nem sempre é tarefa fácil, mas é um dos segredos para se adaptar a um novo cenário. Porém, de acordo com o relatório de tendências de RH da consultoria Great Place to Work, a mentalidade das lideranças, que preferem continuar presas a antigos comportamentos, é o principal empecilho para a inovação nas empresas.

 

 

Num mundo em que as transformações estão ocorrendo cada vez mais rápido, empresas, líderes e funcionários precisam compreender o poder da tecnologia e buscar maneiras de gerenciar essa transição a fim de que seus negócios prosperem. Assim, na tentativa de desenvolver um mindset digital, muitas empresas investem alto em ferramentas tecnológicas e contratam jovens recém-formados, cheios de ideias, que acabam sendo pouco aproveitados nesses ambientes muito tradicionais.

 

 

Cabe a quem está iniciando sua trajetória no mercado de trabalho, adquirir novas expertises e “mudar a chave” para quebrar paradigmas. Se as empresas estão investindo em transformação digital, apostar em cursos preparatórios, que desenvolvam competências e habilidades conectadas a esse novo momento, mais do que nunca, passa a ser fundamental.

 

 

Iniciativas como o curso de programação Java oferecido pelo Instituto PROA podem ser um primeiro passo para que jovens, sedentos pela inovação, possam se desenvolver ainda mais e colocar suas ideias em prática em empresas dos mais variados segmentos dispostas a abraçá-los.

 

 

Além disso, estimular um ambiente de trabalho colaborativo e aberto ao diálogo é outro passo importante para desenvolver o mindset digital. Nesse sentido, quebrar as barreiras que costumam existir entre departamentos, dando a oportunidade para que colaboradores possam participar de projetos em diferentes áreas com times diversos pode ampliar a visão sobre o todo.

 

 

Afinal, um gerente de vendas precisa saber quanto a inteligência artificial pode colaborar na tomada de decisões, um advogado pode encontrar no big data bases de dados fundamentais para suas pesquisas e tantos outros profissionais podem se apoiar na tecnologia para otimizar seu processo de trabalho, não é mesmo?

 

 

Promover a consciência de que todas as áreas estão relacionadas e não se restringem apenas a seu espaço e sua função, deixando claro que a digitalização está ocorrendo na empresa não apenas por causa de uma tendência de mercado, mas também com o propósito de gerar negócios, pode ser essencial.

 

 

A transformação digital é responsabilidade de toda a empresa que, como consequência, ganha funcionários mais autônomos e livres para desenvolver suas ideias, transformar conhecimentos em dados estratégicos, sair do tradicional e, principalmente, inovar para que seus resultados deixem de ser apenas números e passem a ser também a diferença que fazem no mundo atual.